sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Reencontre sua criança interior...


Você já observou as crianças, como elas encaram os desafios da vida?
Pode parecer que somos adultos. Que elas, as crianças, encaram tudo com brincadeira. Não é mesmo.
Mas pare e analise com profundidade, como a brincadeira é coisa séria para elas.
Elas andam descalças, sem receio de machucar seus pés. Nem ligam pra tanta bobagem que nós aprendemos sobre os perigos.
Elas vão buscar o horizonte. Querem simplesmente pegar o céu com as mãos!
Expressam a gostosa sensação de conquistadores do mundo. No seu imaginário, tornam-se donos do impossível.
Agora nós. Quando deparamos com a realidade de gente grande, o cenário muda radicalmente.
E é por isso que peço que você olhe o horizonte também. Ele está lá quase ao alcance das suas mãos.
Mas, quando você começar a caminhar em sua direção, ele parece afastar-se na mesma velocidade!
Então, acredita-se que seja impossível alcançá-lo!
Compreenda uma coisa: esta é a forma que o Divino Criador do Universo encontrou para estimular cada um de nós a caminhar mais e mais em direção aos nossos objetivos.
Porém, quando for necessário, não importa qual idade que está anotada em sua certidão de nascimento. Procure encontrar sempre aquela criança que há em você. Sim, ela sempre existirá. Mesmo que algumas vezes você não a queira ver.
Que tal, sair por aí para encontrá-la?
Olha só! É necessário um grande esforço. Porque primeiro você precisa encontrar a alma de criança.
Contaram-me, que essa alma de criança que foi vista, pela ultima vez, dentro de nós mesmos, há muitos anos.
Ela pulava, ria e ficava feliz com seus brinquedos velhos... Exultava quando ganhava brinquedos novos, dando vida a latinhas, barbantes, tampinhas de refrigerantes, bonecas, soldadinhos de chumbo e figurinhas.
Batia palmas quando ia ao circo, quando ouvia músicas de roda, quando seus pais compravam sorvete: "chikabon, tombon, eskibon..." Tudo danado de bom!
Ela se emocionava ao ouvir histórias contadas pela mãe ou quando lia aqueles livrinhos de pano que a madrinha lhe dava quando ia visitá-la... Chorava quando arranhavam seus brinquedos, aquele aparelho de chá cheio de xícaras com que servia as bonecas ou os carrinhos de guindastes, tratores e furgões.
Fazia beiço quando a professora a colocava de castigo, mas era feliz com seus amigos, sua pureza, sua inocência, sua esperança, sua enorme vontade de ser grande figura humana, que não somente sonhasse, mas que realizasse coisas importantes em um futuro que lhe parecia ainda tão longíquo.
Onde ela está? Para que lado ela foi? Quem a vir, que venha nos falar. Ainda é tempo de fazermos com que ela reviva, retomando um pouco de alegria de nossa infância e deixando a alma dar gargalhadas, pois, afina, "ainda que as uvas se transformem em passas, o coração é sempre uma criança disposta a pular corda".
Para não deixar morrer a criança que todos temos dentro de nós.
Deixe-a sair, brincar e sonhar... Uma das poucas coisas que ainda podemos fazer sem ter de pagar impostos!
Ache logo sua criança.
E quando a encontrar, não permita que a maltratem nunca. Nem que lhe roubem a inocência. Muito menos a impeçam de sonhar.

Martha Grannuzy

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