segunda-feira, 20 de junho de 2011


Imagine que durante sua trajetória nesta passagem terrena você percorre um caminho, longo para alguns, mas breve para outros, mas durante essa trajetória, acontecem diversos embarques e desembarques.
O mais interessante é porque nossa vida é como uma viagem de trem, com seus embarques e desembarques, além de alguns pequenos acidentes pelo caminho, de surpresas agradáveis com alguns embarques e de tristezas com os desembarques...
Quando nascemos, é como se embarcássemos na viagem desse trem, onde encontramos duas pessoas que, acreditamos que farão conosco a viagem até o fim: são nossos pais.
Não é verdade. Infelizmente, em alguma estação, eles desembarcam, deixando-nos órfãos de seu carinho, proteção, amor e afeto. Mas isso não impede que, durante a viagem, embarquem pessoas interessantes que virão ser especiais para nós: nossos irmãos, amigos e amores.
Muitas pessoas tomam esse trem a passeio. Outras fazem a viagem experimentando somente tristezas.
E no trem há, também, outras que passam de vagão em vagão, prontas para ajudar quem precisa.
Muitos descem e deixam saudades eternas. Outros tantos viajam no trem de tal forma que, ao desocuparem seus assentos, ninguém sequer percebe.
O mais curioso é considerar que alguns passageiros que nos são tão caros acomodam-se em vagões diferentes do nosso. Isso nos obriga a fazer a viagem separados deles.
Mas isso não nos impede de, com grande dificuldade, atravessarmos nosso vagão e chegarmos até eles.
O difícil é aceitarmos que não podemos sentar ao seu lado, pois outra pessoa estará ocupando esse lugar.
Esta magnífica viagem da vida é assim: cheia de atropelos, sonhos, fantasias, esperas, embarques e desembarques.
Precisamos saber e aceitar que este trem jamais volta.
Por isso, vamos fazer essa viagem da melhor maneira possíve, tentando manter um bom relacionamento com todos, procurando em cada um o que tem de melhor, lembrando sempre que, em algum momento do trajeto poderão fraquejar, e, provavelmente, precisaremos entender isso.
Nós mesmos fraquejaremos algumas vezes. Onde certamente, alguém nos entenderá.
O grande mistério é que não sabemos em qual parada desceremos.
Então fico pensando: se quando eu descer desse trem sentirei saudades? Tenho certeza que sim.
Deixar os filhos viajando sozinhos, nos separar dos amigos que fizemos na viagem, do amos da minha vida, será para mim dolorido.
Mas me agarro na esperança de que, em algum momento, estarei na estação principal, onde terei a emoção de vê-los chegar com sua bagagem, que não tinham quando embarcaram.
Com certeza, o que me deixará feliz é saber que, de alguma forma, colaborei para que essa bagagem tenha crescido e se tornado valiosa.
Agora, nesse momento, o trem dimimui sua velocidade para que embarquem e desembarquem pessoas.
Minha expectativa aumenta, à medida que o trem vai diminuindo sua velocidade...
Quem entrará? Quem sairá?
Eu gostaria que você pensasse no desembarque do trem, não só como a representação da morte, mas, também, como o término de uma história, de algo que duas ou mais pessoas conquistaram e que, por um motivo ínfimo, deixaram desmoronar.
Fico feliz em perceber que certas pessoas como nós, tem a capacidade de reconstruir para recomeçar.
Isso é sinal de garra e de luta, é saber viver, é tirar o melhor de "todos os passageiros".

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